segunda-feira, 5 de julho de 2010



POLUIÇÃO PELO LIXO

Dá-se o nome de poluição a qualquer degradação (deterioração, estrago) das condições ambientais do habitat de uma coletividade humana. É uma perda, mesmo que relativa, da qualidade de vida em decorrência de mudanças ambientais.

O problema da poluição, portanto, diz respeito à qualidade de vida das aglomerações humanas. A degradação do meio ambiente do homem provoca uma deterioração dessa qualidade, pois as condições ambientais são imprescindíveis para a vida, tanto no sentido biológico como no social.

O Brasil produz cerca de 240 mil toneladas de lixo por dia - número inferior ao dos EUA (607 mil t/dia), mas bem superior ao de países como a Alemanha (85 mil t/dia) e a Suécia (10,4 mil t/dia). Desse total, a maior parte vai parar nos lixões a céu aberto; apenas uma pequena porcentagem é levada para locais apropriados. Uma cidade como São Paulo, gasta por dia, 1 milhão de reais com a questão do lixo. Para o IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas (1995), são poucas as prefeituras do país que possuem equipes e políticas públicas específicas para o lixo. Quando ele não é tratado, constitui-se num sério problema sanitário, pois expõe as pessoas a várias doenças (diarréia, amebíase, parasitose) e contamina o solo, as águas e os lençóis freáticos.

Nos últimos anos, tem crescido também a preocupação com materiais tóxicos, como pilhas, baterias de telefone celular e pneus. Quando descartados de forma irregular, esses objetos ampliam os problemas sanitários e de contaminação. As pilhas, por exemplo, deixam vazar metais como o zinco e o mercúrio, extremamente prejudiciais à saúde. Os pneus, ao acumular água, transformam-se em focos de doenças, como a dengue e a malária. Desde julho de 1999, uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) responsabiliza os fabricantes e comerciantes pelo destino final desse tipo de produto, depois que forem descartados pelos usuários.

Segundo Oliveira (1997), as poluições física, química e biológica são os principais danos provocados pela disposição inadequada do lixo nos cursos d'água, como forma de destino final.

Podem ser classificados como forma de poluição física, o aumento da turbidez da água, a formação de bancos de lodos ou sedimentos inertes, a variação do gradiente de temperatura, etc. Na ocorrência de tais perturbações, as mesmas tendem a interferir na quebra do ciclo vital de espécies do meio aquático, tornando a água biologicamente estéril.

Apresenta-se como forma de poluição química: a mudança de coloração das águas, formação de correntes ácidas, águas duras, águas tóxicas, ocasionando o envenenamento de peixes, aves, animais diversos e o homem.




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